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Clube de Ciências Galápagos: três pilares da nossa história


Olá, tentilhões curiosos!! Hoje, 18 de julho, o Clube de Ciências Galápagos completa 3 anos de existência, em seu quarto ano de funcionamento. Para comemorarmos a data tão especial, decidimos falar um pouco sobre o CCG. Se você faz parte dessa história de alguma forma, esse texto é uma homenagem à você também. Se você não passou pelo CCG, obrigado por estar aí do outro lado e apoiar nossa jornada. Vamos começar…

Pensei em homenagear o CCG contando a vocês a história do clube até aqui, mas vocês podem clicar aqui pra saber um pouco sobre isso. Então, depois de uma conversa com uma amiga, tão apaixonada por esse projeto quanto eu, me dei conta de que mais importante que contar nossa história, é contar como conseguimos tornar esse projeto tão especial para todos que já passaram por ele. Decidi falar sobre três aspectos importantes: pertencimento, contribuição e representatividade.

No CCG, a ideia sempre foi romper as paredes invisíveis que separam professores (detentores do conhecimento) e alunos (páginas em branco). O objetivo era (e ainda é) fazer e falar sobre ciência lado a lado, aprendendo juntos. A desconstrução dessa hierarquia nos rendeu uma das maiores marcas do nosso clube: a relação de amizade entre todos os membros (coordenadores, monitores e clubistas). Em 2017, costumávamos brincar que tínhamos sessões de terapia em grupo às quintas, que era o dia das reuniões do clube. Nos anos seguintes, mantivemos as sessões aos sábados (risos). A grande questão aqui é que, dentro do clube, além do espaço aberto para questionar e opinar, os alunos encontram também um canal livre de censura para falar e serem ouvidos (falei sobre isso em um texto que escrevi pro blog Ensino de Química), isso gera sensação de pertencimento. E é assim que conseguimos momentos com desabafos, lágrimas e muito apoio. Somos uma família!

Falar sobre um canal livre de censura, me faz chegar ao próximo ponto: a contribuição. Mesmo antes de criarmos o clube, Gabriel e eu (Matheus), em nossas aulas e cursos, sempre levamos em consideração todas as coisas ditas pelos nossos alunos para chegarmos nas respostas ou no ponto que queríamos. Isso nunca foi planejado, nem mesmo tínhamos noção disso, até que outras pessoas começaram a chamar a nossa atenção para o que fazíamos. Mas, na verdade, é porque pra nós dois era muito claro: nenhuma resposta está errada. Nunca gostamos de dizer “você está errado” para um aluno. Ao invés disso, tentamos usar o que ele disse para direcionar o raciocínio da turma. Parece pequeno, mas é significativo e complicado de explicar. Partimos do princípio de que valorizar a participação dos alunos é mais importante que a resposta certa. Acredito que esse seja um dos principais motivos que fazem o CCG funcionar tão bem… Com o passar do tempo, os clubistas vão percebendo que, não importa o que eles digam, eles estão contribuindo de alguma forma, e isso também gera pertencimento.

Por último, e não menos importante, no clube desempenhamos um papel muito importante: lembrar aos nossos alunos que eles podem ser o que quiserem ser e chegar onde quiserem chegar. Vivemos em uma sociedade pautada na rotulação e na segregação. Se você não atende à listinha do que acham que é necessário, parece que se torna impossível fazer o que você queria fazer. No CCG, tentamos desconstruir essa ideia, principalmente com relação à Ciência. Reforçamos aos nossos alunos a ideia de que seja você mulher, lgbtqia+, preto, ou fora de qualquer padrão, você pode ser cientista. Para isso, tentamos sempre trazer bons exemplos de cientistas diversos para que nossos alunos possam se reconhecer e se inspirar. Desde o início do projeto, por exemplo, a maioria dos nossos clubistas foram meninas, por conta disso, hoje a nossa equipe é composta majoritariamente por mulheres (diversas).

Esse é o CCG que construímos nesses três anos com ajuda de todos aqueles que passaram por aqui. Enquanto a pandemia de covid-19 nos impede de nos reunirmos para comemorar essa data comendo bolo feito por Carol, docinhos de Marielly e “vacamole” (guacamole – entendedores entenderão) de Tainah, essa é uma homenagem cheia de saudades para lembrar que UMA VEZ GALÁPAGOS, SEMPRE GALÁPAGOS!

Se você, que tá lendo esse texto, é parte da nossa equipe ou um clubista, tenho algumas palavrinhas para você: Muito obrigado por ter tornado esse projeto o que ele é hoje. Acredito que nossa história não poderia ter acontecido de outro jeito. Obrigado pelas sugestões, pelas participações, pelo carinho e pelo orgulho de carregar o nosso nome na sua história! Nós também temos orgulho de carregar o nome de cada um de vocês em nossa história!

Feliz aniversário, CCG!!!! 💖💖💖💖

 


Texto escrito por Matheus Galvão Brito – publicado em julho de 2020.


Imagem 1: acervo pessoal.

Imagem 2/Destaque: WHO WIW2020 SocialMedia3 ENG por Paula Alvarez Alves

Imagem 3: Girl Gang por Ashleigh Green

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