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Mestrado traz novas perspectivas para professores de Física

Pós-Graduação

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Em 2016, a Uesb abriu as portas para a sua primeira turma do Programa Nacional de Mestrado Profissional em Ensino de Física (MNPEF), que congrega polos em mais de 60 Instituições de Ensino Superior (IES) do país, sob coordenação da Sociedade Brasileira de Física (SBF). Buscando a melhoria da qualificação profissional de professores de Física que atuam na Educação Básica e o desenvolvimento de técnicas e produtos para o ensino e a aprendizagem da disciplina, desde a sua implantação, no campus de Vitória da Conquista, o MNPEF já se mostra importante para a promoção da formação continuada de docentes de escolas do ensino fundamental e médio na região Sudoeste da Bahia.

Desde a sua implantação na Uesb, o Mestrado Profissional em Ensino de Física se mostra importante para a formação continuada de professores de Física que atuam em escolas do ensino básico na região Sudoeste.

Segundo o coordenador do Mestrado na Uesb, professor Luizdarcy de Matos Castro, era um anseio da Universidade tornar-se um dos polos regionais do MNPEF, já que ele atenderia a um público formado não só pelos professores de Física do Sudoeste baiano e até mesmo do norte de Minas Gerais, como também pelos egressos do curso de Licenciatura em Física da Instituição.

“Sabemos que existe um apagão na formação de professores licenciados em Física e, por isso, nem todos aqueles que atuam na educação básica são formados na área. Assim, o Mestrado tende a atender também a esse público. Então, a ideia fundamental é que o alunado da região possa ter um professor mais qualificado, que passou pela academia, pelos processos de pesquisa e investigação científica”, afirma o coordenador.

O docente Francisco Augusto Silva Nobre, membro da Comissão de Pós-Graduação da SBF, avalia que o impacto que o MNPEF da Uesb já está tendo na educação básica da região é enorme. “O polo de Vitória da Conquista extrapola o estado da Bahia, e isso é muito importante, porque abre a perspectiva de professores da educação básica que dificilmente buscariam outro mestrado, por várias razões. Na Uesb, eles têm a oportunidade de fazer um curso de pós-graduação gratuito e com professores altamente qualificados”, destaca.

Primeiras dissertações

Para a obtenção do título de mestre em Ensino de Física, o discente precisa desenvolver um produto educacional – sequência de ensino, software, etc. – e uma dissertação de mestrado. Nesta, deverão estar descritos os processos que culminaram na criação do produto e na sua aplicação em situações de ensino, relacionadas a uma das três linhas de pesquisa que compõem o Programa: Física no Ensino Fundamental, Física no Ensino Médio e Processos de Ensino e Aprendizagem e Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino de Física.

Este ano, foram defendidas as primeiras dissertações produzidas pelo MNPEF na Universidade. Uma delas foi a do discente Ébano Rizério, que desenvolveu o trabalho intitulado “O baú de Galileu: uso de textos literários de temática científica na abordagem da queda dos corpos”. O objetivo do seu projeto, transformado em produto educacional, foi utilizar a literatura como um instrumento pedagógico de incentivo à imaginação, reflexão e análise crítica de conceitos da Física relacionados à temática da queda dos corpos celestes.

Ele conta que, inicialmente, sua proposta não foi tão bem recebida pelos alunos por causar-lhes certo estranhamento quanto ao método com o qual ele pretendia ensinar Física. “O pessoal normalmente não espera literatura, leitura e escrita numa aula de Física, o que se espera é fazer contas. Porém, o resultado final foi muito interessante porque os alunos conseguiram compreender o aspecto conceitual de alguns fenômenos, já que o nosso foco não era ‘matematizar’, mas sim entender os conceitos e, a partir disso, trazê-los para o cotidiano”, diz.

Rizério destaca que pretende transformar a sua dissertação em um livro, que reunirá textos literários produzidos por ele e por seu orientador para a aplicação do seu produto, a fim de “ampliar a abordagem do ensino de Física com a Literatura e juntar ainda mais esses dois campos de saberes”. Enquanto professor da educação básica, ele afirma ainda que o MNPEF o incentivou a mudar a sua prática profissional em sala de aula e a repensar a sua formação pedagógica.

 

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