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Museus como importantes centros históricos e educacionais

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A história da humanidade, de um país ou de uma região precisa se fazer viva na memória dos povos. Com os seus acervos, como livros, exposições artísticas, coleção de objetos históricos, os museus são importantes instrumentos para preservar e difundir essa história de geração em geração. Em Vitória da Conquista, a Uesb conta com dois museus que desenvolvem esse trabalho: o Museu Pedagógico Casa Padre Palmeira e o Museu Regional Casa Henriqueta Prates.

Desde 1999, o Museu Pedagógico contribui com o seu acervo documental, em variados formatos, para a área de Educação. A ideia do Museu foi concebida anteriormente, ainda na década de 1980. Vários professores entendiam a importância de existir um lugar que pudesse resguardar e difundir a memória e a história do universo de alguns saberes existentes na sociedade, que funcionasse como centro de produção, preservação e difusão de saberes científicos, artísticos e culturais. Essa essência, retratada no livro “O museu pedagógico da Uesb”, revela a importância do caráter pedagógico do Museu.

As contribuições do Museu Pedagógico ultrapassam fronteiras e chegam ao âmbito internacional. Atualmente, o Padre Palmeira possui parcerias de pesquisas com universidades de outros países. Além disso, realiza consultorias para outras regiões que têm o interesse em implantar um espaço da mesma natureza.

A própria aquisição do espaço, o antigo “Ginásio do Padre”, já corrobora para isso. O local onde funciona o Museu Pedagógico era o prédio do primeiro colégio a oferecer o ensino do ginásio na cidade. Ele foi concedido por meio de um acordo da Uesb com a arquidiocese de Vitória da Conquista.

De acordo com a coordenadora do espaço, professora Lívia Diana Rocha, esse trabalho é feito “por meio de uma concepção de museu na condição de lugar vivo e dinâmico mantido, sobretudo, pelo princípio interdisciplinar”. Atualmente, há 400 museus nesse formato no mundo. No Brasil, o Museu Pedagógico Casa Padre Palmeira destaca-se por promover grupos de pesquisa, extensão e ensino fundamentados na investigação e organização do conhecimento. Além disso, são realizados colóquios pedagógicos com o objetivo de discutir as problemáticas das pesquisas e, posteriormente, oficinas, palestras, cursos e exposições são realizados para socializar os resultados.

A historiadora Daniela Moura faz parte do Grupo de Pesquisas em História e Memória das Políticas Educacionais e trajetórias sociogeracionais (Ghempe), vinculado ao Museu. Para ela, a perspectiva das pesquisas que o Museu realiza, centrada em historicizar a Educação, lhe proporcionou um olhar mais atento às reflexões sobre a temática. “Ao conhecermos nossa história, entendemos os rumos e descaminhos que a Educação atual tem amargado, identificando assim as características, problematizando, inclusive, nossa formação, bem como os princípios que regem o tipo de Educação e de profissional que se deseja conceber para atuar na sociedade”, defende Daniela.

Memórias afetivas e transformação social

Nascida em 1863, Henriqueta Prates dos Santos Silva é descrita como uma das mulheres que fizeram história em Vitória da Conquista. Considerada à frente do seu tempo, foi conselheira política e também contribuiu expressivamente no acolhimento e cuidado de pessoas doentes.

O Museu Regional Casa Henriqueta Prates e o Museu Pedagógico Casa Padre Palmeira são dois importantes instrumentos da Uesb que contribuem para a preservação da história local.

A residência onde ela morava tornou-se, em 1991, o Museu Regional Casa Henriqueta Prates. O espaço busca propiciar à comunidade conquistense informações históricas da cidade de Vitória da Conquista. “Aqui existem peças históricas que demonstram o cotidiano da região e, também, todo um acervo referente à tecnologia e comunicação de diversas épocas”, salienta a coordenadora do Museu Regional, a professora Ana Cláudia Rocha. Além disso, segundo a coordenadora, a Casa Henriqueta Prates possui um rico acervo de artes plásticas, com obras de artistas regionais de expressão nacional e internacional.

Constantemente, são realizadas atividades e eventos no espaço, que buscam recuperar e exibir a história e cultura locais e regionais. Por conta desse trabalho, em 2013, o Museu Regional recebeu, pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o “Prêmio Modernização de Museus 2012 – Microprojetos”. A premiação buscou valorizar ações destinadas à preservação e difusão do patrimônio museológico.

Anualmente, o Museu recebe quatro mil visitas. São turistas, alunos de escolas públicas e privadas e pessoas interessadas na história local. Ações de diversas instituições da cidade também encontram no Museu Regional um espaço para promover a transformação social por meio da educação e cultura, como é o caso do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que realiza visitas ao Museu levando crianças e adolescentes, entre 8 e 16 anos, atendidos pelo Centro.

Com o objetivo de complementar a assistência realizada pelo Cras, as visitas fazem parte de um trabalho socioeducativo, propiciando a eles um momento de informação aliado a entretenimento, como conta a psicóloga do Centro, Camila Flores. “Por residirem na zona rural do município, localidades distantes, muitos não têm oportunidades de visitar a zona urbana, assim, procuramos fomentar o interesse no reconhecimento da própria história, se apropriando de valores sociais e culturais que circulam nesse ambiente”, explica.

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