Marcha das Margaridas: pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver
Em 16 de agosto de 2023, Marina Araújo, estudante de Engenharia Ambiental, e a profª Letícia do DCEN – estudante de doutorado em Desenvolvimento sustentável, colaboradoras do Sete Cascas, se uniram à Teia dos Povos para participar ativamente da 7ª Marcha das Margaridas, um evento que reuniu milhares de mulheres em Brasília para defender seus direitos e lutar pela igualdade de gênero no campo e na cidade. O clima de união e determinação estava palpável no ar, à medida que mulheres de todas as idades e origens se uniam para fazer suas vozes serem ouvidas.
A Margarida é muito mais do que uma simples flor. Ela se tornou um símbolo de luta, resistência e união, especialmente no contexto da Marcha das Margaridas. A escolha desse nome para representar o movimento das mulheres rurais e urbanas no Brasil carrega uma série de significados poderosos.
Margarida Alves foi eleita presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, e desempenhou um papel fundamental na mobilização dos trabalhadores rurais da região. Ela lutou por questões como salários justos, jornada de trabalho regulamentada, acesso à terra e aposentadoria rural. Seu ativismo a tornou uma figura respeitada e temida pelos interesses que exploravam os trabalhadores.
Infelizmente, sua determinação e coragem a colocaram na mira de poderosos interesses locais. Em 1983, Margarida Alves foi assassinada em um ataque a tiros por pistoleiros a serviço dos latifundiários que ela desafiava. Sua morte teve um impacto profundo e serviu como um triste exemplo das ameaças e violência enfrentadas por aqueles que ousam lutar por justiça e igualdade.
A vida e o legado de Margarida Alves não foram esquecidos. Ela se tornou um símbolo de resistência e inspiração para a luta dos trabalhadores rurais, especialmente as mulheres, no Brasil e além. Sua coragem e dedicação são lembradas nas lutas contínuas por direitos trabalhistas e justiça social, e seu nome é frequentemente evocado em movimentos que buscam melhorar as condições de vida das pessoas que trabalham na agricultura.
Ao unir mulheres de diversas origens e regiões em uma causa comum, a Marcha das Margaridas amplifica as vozes que clamam por práticas agrícolas mais saudáveis e sustentáveis. A agroecologia é mais do que uma simples mudança na forma como a agricultura é realizada; é uma mudança cultural e sistêmica que valoriza a biodiversidade, a conservação do solo e a saúde das pessoas.
Essa conexão reforça o compromisso de construir um futuro mais justo, igualitário e ecologicamente responsável para todas as mulheres e comunidades rurais do Brasil. Assim, a marcha se torna uma plataforma poderosa para disseminar o conhecimento e os valores da agroecologia, promovendo uma transformação positiva tanto nas práticas agrícolas quanto na sociedade como um todo.
PELA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL
Pela Reconstrução do Brasil
E pelo pelo pelo Bem Viver
Seguiremos em marcha
Atentas e fortes
Seguiremos eu e você
(Lyvian Sena)
Em suas redes sociais, Letícia escreveu:
A seguir, os registros capturados por Letícia:
O nosso grupo pratica Permacultura e Agroecologia na região Sudoeste da Bahia e têm sede fixa no campus de Itapetinga e se estende em diversos projetos, conheça:
UESB – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Campus Juvino Oliveira, Itapetinga – BA