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Sete Cascas PRESENTE na Marcha das Margaridas

29 de agosto de 2023

Marcha das Margaridas: pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver

Em 16 de agosto de 2023, Marina Araújo, estudante de Engenharia Ambiental, e a profª Letícia do DCEN – estudante de doutorado em Desenvolvimento sustentável, colaboradoras do Sete Cascas, se uniram à Teia dos Povos para participar ativamente da 7ª Marcha das Margaridas, um evento que reuniu milhares de mulheres em Brasília para defender seus direitos e lutar pela igualdade de gênero no campo e na cidade. O clima de união e determinação estava palpável no ar, à medida que mulheres de todas as idades e origens se uniam para fazer suas vozes serem ouvidas.

A Margarida é muito mais do que uma simples flor. Ela se tornou um símbolo de luta, resistência e união, especialmente no contexto da Marcha das Margaridas. A escolha desse nome para representar o movimento das mulheres rurais e urbanas no Brasil carrega uma série de significados poderosos.

Margarida Alves foi eleita presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, e desempenhou um papel fundamental na mobilização dos trabalhadores rurais da região. Ela lutou por questões como salários justos, jornada de trabalho regulamentada, acesso à terra e aposentadoria rural. Seu ativismo a tornou uma figura respeitada e temida pelos interesses que exploravam os trabalhadores.

Infelizmente, sua determinação e coragem a colocaram na mira de poderosos interesses locais. Em 1983, Margarida Alves foi assassinada em um ataque a tiros por pistoleiros a serviço dos latifundiários que ela desafiava. Sua morte teve um impacto profundo e serviu como um triste exemplo das ameaças e violência enfrentadas por aqueles que ousam lutar por justiça e igualdade.

A vida e o legado de Margarida Alves não foram esquecidos. Ela se tornou um símbolo de resistência e inspiração para a luta dos trabalhadores rurais, especialmente as mulheres, no Brasil e além. Sua coragem e dedicação são lembradas nas lutas contínuas por direitos trabalhistas e justiça social, e seu nome é frequentemente evocado em movimentos que buscam melhorar as condições de vida das pessoas que trabalham na agricultura.

Ao unir mulheres de diversas origens e regiões em uma causa comum, a Marcha das Margaridas amplifica as vozes que clamam por práticas agrícolas mais saudáveis e sustentáveis. A agroecologia é mais do que uma simples mudança na forma como a agricultura é realizada; é uma mudança cultural e sistêmica que valoriza a biodiversidade, a conservação do solo e a saúde das pessoas.

Essa conexão reforça o compromisso de construir um futuro mais justo, igualitário e ecologicamente responsável para todas as mulheres e comunidades rurais do Brasil. Assim, a marcha se torna uma plataforma poderosa para disseminar o conhecimento e os valores da agroecologia, promovendo uma transformação positiva tanto nas práticas agrícolas quanto na sociedade como um todo.

PELA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL
Pela Reconstrução do Brasil
E pelo pelo pelo Bem Viver
Seguiremos em marcha
Atentas e fortes
Seguiremos eu e você
(Lyvian Sena)

Em suas redes sociais, Letícia escreveu:

QUE TERRORISMO É ESTE CONTRA AS MULHERES?
CONTRA AS MÃES, IRMÃS, FILHAS AFROINDÍGENAS DO BRASIL?
É MUITA INSANIDADE, MALDADE, IMPUNIDADE!
CHEGA DE OMISSÃO!
——————–
FOI MUITO PODER! É MUITO PODER A FORÇA DAS MULHERES!
DAS MÃES PRETAS, DAS AVÓS INDÍGENAS! DE NÓS SUAS FILHAS E NETAS!
Ando aqui em Brasília, acompanho algumas mobilizações dos movimentos sociais, e confesso que nesses dois anos de caminhada aqui eu nunca vi tanta gente junta descendo a esplanada!
Muita MULHER! Sabem a força que tem isso!?
Mulheres que viajaram dias em ônibus desconfortáveis, dormiram mal pra colocar suas vozes nas ruas!
Vozes de mulheres trabalhadoras, mulheres alegres, mulheres lindas, mulheres inteligentes!
Mas muitas destas mulheres sofridas, exploradas, violentadas, subjulgadas!
SORRINDO E CANTANDO SUAS DORES, ESPERANÇAS, GLÓRIAS E FORTALEZAS!
Aqui em bando essas mulheres se fortalecem, se juntam como uma grande tromba d’água que desce a ribanceira dos rios quando tem muita chuva nas chapadas! Muita força, muito poder!
comecei escrevendo esse texto pra exaltar a força das margaridas derramando esperança pela esplanada, mas finalizo esse texto sentindo mais uma vez o luto pela morte de tantas mães, irmãs, avós, filhas e netas…. e os pais, maridos, irmãos que lutam por liberdade, direitos e território!
MEDO NÓS TEM, MAS NÃO USA!
– MARGARIDA ALVES
Ainda assim meio atordoada pela realidade criminosa em meio à grandeza dessas mulheres!
Deixo aqui meu registro das cores e gritos neste momento de LUTO/A acolhimento e aprendizados com tantas
MARGARIDAS EM LUTA PELA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL E PELO BEM VIVER DE TODOS OS POVOS!
—————————————————————————————————————————–
Por: Marina Araújo

A seguir, os registros capturados por Letícia:

   



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