Literatura de Cordel

A Literatura de Cordel configura-se uma manifestação cultural brasileira, tradicionalmente associada à cultura nordestina do Brasil, tendo como produções textos de cordéis, xilogravura, os repentes, entre outras formas de representação. Ela recebe esse nome devido à maneira como os folhetos são frequentemente expostos para venda: pendurados em cordas ou barbantes em feiras livres e mercados.

Os cordéis são folhetos impressos em papel simples, muitas vezes coloridos, com ilustrações (xilogravuras) e textos poéticos que narram histórias, lendas, mitos, fábulas, críticas sociais, acontecimentos históricos, temas religiosos e diversos outros assuntos. Eles são caracterizados pela métrica e rimas específicas, com versos rimados e muitas vezes com estruturas fixas, como sextilhas ou décimas.

A literatura de cordel é uma tradição oral que foi levada para o formato escrito, sendo produzida por escritores populares conhecidos como “cordelistas”.  As temáticas abordadas são variadas e refletem tanto as realidades sociais e culturais quanto os imaginários locais. Ela desempenha um papel importante na transmissão de conhecimentos, valores culturais e entretenimento dentro das comunidades onde é praticada.

Os cordéis são um exemplo vívido da riqueza e diversidade da literatura popular brasileira, servindo como uma janela para a história, a cultura e as preocupações das pessoas comuns. Nos últimos anos, houve esforços para preservar e promover essa tradição, tornando-a reconhecida como um importante patrimônio cultural do Brasil.


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