Histórico

A primeira edição, com o tema Subjetividade, Cidadania e Transfeminismo, ocorreu de 14 a 16 de agosto de 2015, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, organizada pelo Núcleo Tirésias, na época coordenado pela professora Berenice Bento. Nesta primeira edição, o Desfazendo Gênero já contou com uma conferência de abertura internacional (de Marie-Hélène Bourcier), cinco minicursos, oito mesas redondas, uma mostra artística (com teatro e cinema) e a apresentação de pesquisas em 39 grupos de trabalho (STs).

Naquela ocasião, o grupo de pesquisa Cultura e Sexualidade, coordenado pelos professores Leandro Colling e Djalma Thürler, da Universidade Federal da Bahia, foram convidados a realizar a segunda edição do Desfazendo Gênero em Salvador. Desde agosto de 2014, o CUS começou a construir uma série de parcerias com universidades, programas de pós-graduação, grupos de pesquisa e outras instituições para pensar e viabilizar o evento na Bahia.

O tema definido para o II Desfazendo Gênero, Ativismos das dissidências sexuais e de gênero, reafirma o compromisso em realizar um seminário que aposta nas perspectivas que, de uma forma ou de outra, criticam as normatizações, normalizações, naturalizações e binarismos sobre as diversidades e/ou dissidências sexuais e de gênero. Com esse tema, o encontro também reforça o seu caráter político, em sentido amplo, de problematizar e recriar de forma permanente a produção de conhecimento em nossa área, de compreender que essa produção também é política, de entender que o ativismo também produz conhecimentos e de que toda essa produção precisa estar à serviço de políticas para que as pessoas respeitem, reconheçam e aprendam com as múltiplas sexualidades e gêneros que existem em nossas sociedades.

De 10 a 13 de outubro de 2017, aconteceu em Campina Grande, Paraíba, o 3º Seminário Internacional Desfazendo Gênero, adotando na sua terceira edição o título “Com a Diferença Tecer a Resistência”. Sua 3ª edição está sob a responsabilidade do Núcleo de Investigações e Intervenções em Tecnologias Sociais/NINETS, da Universidade Estadual da Paraíba, sob a coordenação geral da professora Dra. Jussara Carneiro Costa.

A quarta edição, como característico nas diferentes versões do Seminário Desfazendo Gênero, o debate está em torno de problemas diversos que envolvem a relação do gênero e da sexualidade com a historicidade das práticas de violência contra pessoas que se enquadram em padrões normalizadores, com marcadores sociais importantes como raça/etnia e classe e com os limites do ativismo social. Diante disso, a abrangência do evento é de grande proporção, reunindo pessoas interessadas de diversas formações e perfis, com predominância para estudantes, pesquisadores/as, professores/as de diferentes níveis de ensino, artistas e ativistas. Os conhecimentos que alicerçam as propostas desse evento são inspirados em uma construção rizomática de desejos/performances/saberes. Para a quarta edição, sob a coordenação dos professores Natanael Azevedo e Iran Melo, ambos da UFRPE, foi escolhido como macrotema “Corpos dissidentes, corpos resistentes: do caos à lama”. Com ele, essa edição reforça o seu caráter político, em sentido amplo, de problematizar e recriar de forma permanente a produção de conhecimento sobre gênero, de compreender que essa produção também é política, de entender que o ativismo também produz conhecimentos e de que todo saber precisa estar a serviço de políticas para que as pessoas respeitem, reconheçam e aprendam com as múltiplas possibilidades de gênero que existem em nossas sociedades.

Consoante às outras quatro edições anteriores do Seminário Desfazendo Gênero, o debate da quinta edição girou em torno de problemas diversos que envolvem as relações de gênero e as sexualidades com a historicidade das práticas sociais. O evento, que completa 10 anos em suas edições bianuais, tem como propósito reunir pessoas interessadas de diversas formações e perfis, com predominância para estudantes, pesquisadores/as, professores/as de diferentes níveis de ensino, artistas e ativistas. Para a 5ª edição, organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Tecnologias e Políticas Públicas da Unit, sob a coordenação da professora Verônica Marques, foi escolhido pela comissão organizadora como macrotema “Conhecimento dissidente, cura coletiva e novas modulações da experiência”. Orientado pelo macrotema, esta edição tem por objetivo provocar, no contexto pandêmico da Covid-19, discussões pontuais e transversais, de modo a compor propostas sobre outras “pandemias ocultas” na sociedade do século XXI. Evocamos o pensamento dissidente que conduz a outros saberes e abre margem para instigantes desafios a serem enfrentados em campos severamente disputados. É preciso não negligenciar a violência e seus impactos em corpos dissidentes, esses que tencionam e subvertem expectativas conservadoras e normalizadoras. Agências, processos de subjetivação, representações políticas e políticas públicas configuram mecanismos de resistência e disposições da cura frente a bionecropolítica genderizada. Comunidade lgbtqia+, negra, quilombola, indígena, ativista, ao tempo que interpelam publicamente os poderes hegemônicos do cis-heteropatriarcado exclamam: #parem de nos matar!

 


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