Vitória da Conquista

HISTÓRICO

O território onde hoje está localizado o município de Vitória da Conquista foi habitado pelos povos indígenas Mongoyó, Ymboré e Pataxó. Os aldeamentos se espalhavam por uma extensa faixa, conhecida como Sertão da Ressaca*, que vai das margens do Rio Pardo até o Rio das Contas.

Os índios Mongoyó (ou Kamakan), Ymboré e Pataxó pertenciam ao mesmo tronco: Macro-Jê. Cada um deles tinha sua língua e seus ritos religiosos. Os Mongoyó costumavam fixar-se numa determinada área, enquanto os outros dois povos circulavam mais ao longo do ano.

Os Ymboré, também conhecidos como Botocudos, tinham pele morena e o hábito de usar um botoque de madeira nas orelhas e lábios – daí o nome Botocudo. Gostavam de pintar o corpo com extratos de urucum e jenipapo. Eram guerreiros temidos, viviam da caça e da pesca e dividiam o trabalho de acordo com o gênero, cabendo às mulheres o cuidado com os alimentos. Os homens ficavam responsáveis pela caça, pesca e a fabricação dos utensílios a serem utilizados nas guerras.

Já os Pataxó não apresentavam grande porte físico. Fala-se de suas caras largas e feições grosseiras. Não pintavam os corpos. A caça era uma de suas principais atividades. Também praticavam a coleta. Há pouca informação a respeito dos Pataxó.

Os relatos afirmam que os Mongoyó ou Kamakan eram donos de uma beleza física e uma elegância nos gestos que os distinguiam dos demais. Tinham o hábito de depilar o corpo e de usar ornamentos feitos de penas, como os cocares. Praticavam o artesanato, a caça e a agricultura. O trabalho também era divido de acordo com os gêneros. As mulheres Mongoyó eram tecelãs. A arte, com caráter utilitário, tinha importância para esse povo. Eles faziam cerâmicas, bolsas e sacos de fibras de palmeira que se destacavam pela qualidade. Os Mongoyó eram festivos, tinham grande respeito pelos mais velhos e pelos mortos.

Ymboré, Pataxó e Mongoyó travaram várias lutas entre si pela ocupação do território. O sentido dessas lutas, porém, não estava ligado à questão da propriedade da terra, mas à sobrevivência, já que a área dominada era garantia de alimento para a comunidade.

*O nome Sertão da Ressaca pode ser derivado tanto do fenômeno de invasão das águas dos rios sobre o sertão, semelhante ao fenômeno marinho, como da palavra ressaco, que corresponde à funda baía de mato baixo circundada por serras.

DADOS ESTATÍSTICOS

Distância da capital (Salvador): 509 km

Vias de acesso: BR-116, BA-262, BA-263 e BA-265

Mesorregião: Centro-sul

Região econômica: Sudoeste

Superfície: 3.204,5 km²

Distritos: Bate Pé, Cabeceira da Jiboia, Cercadinho, Dantelândia, Iguá, Inhobim, José Gonçalves, Pradoso, São João da Vitória, São Sebastião e Veredinha.

Municípios limítrofes: Cândido Sales, Belo Campo, Anagé, Planalto, Barra do Choça, Itambé, Ribeirão do Largo e Encruzilhada.

Altitude: 923 m

Relevo: Planalto

Bioma: Caatinga e Mata Atlântica

Bacia hidrográfica: Bacia do Rio Pardo e Bacia do Rio de Contas

Clima: Subúmido a seco

Temperatura média: 20°C

PIB (R$ bilhões): 3.469

IDH: 0,708

Empresas atuantes: 8.490

Imóveis construídos: 139.427

Frota de veículos: 95.289

População total: 343.643 habitantes (Estimativa 2021)

População Urbana: 274.739
População Rural: 32.127

Homens – 147.879
Mulheres – 158.987

População por cor ou raça:
Branca – 99.595
Preta – 31.082
Amarela – 1.397
Parda – 174.436
Indígena – 354
Sem declaração – 2

População segundo a religião:
Católica Apostólica Romana – 183.442
Católica Apostólica Brasileira – 1.191
Católica Ortodoxa – 135
Evangélicas – 75.880
Outras religiosidades cristãs – 3.917
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – 432
Testemunhas de Jeová – 1.969
Espiritualista – 79
Espírita – 5.502
Umbanda e Candomblé – 450
Judaísmo – 68
Novas religiões orientais – 199
Tradições esotéricas – 67
Outras religiosidades – 13
Sem religião – 32.252
Não determinada e múltiplo pertencimento – 1.066
Não sabe – 183
Sem declaração – 23


Copyright 2021 © - Todos os direitos reservados - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Desenvolvido pela ASCOM / CHP

Todas as informações aqui cadastradas são de inteira responsabilidade do VI Seminário Internacional Desfazendo Gênero – 10 a 14 de Novembro de 2023
Brasão da Uesb e do Governo da Bahia