QUEM SOMOS

A experiência em sala de aula tem permitido aos professores da Área de Línguas Estrangeiras e Literaturas observar que muitos alunos matriculados em disciplinas de línguas estrangeiras (LE) apresentam dificuldades no que se refere às quatro habilidades básicas: ouvir, falar, ler e escrever – mesmo depois de terem estudado a LE por um período de, no mínimo, sete anos, nos ensinos fundamental e médio. Observa-se, ainda, que, muitas vezes, os alunos gostariam de se tornar mais responsáveis pelo próprio processo de aprendizagem, mas não sabem como fazê-lo.

Nesse sentido, os desafios que os professores e alunos de línguas estrangeiras enfrentam são constantes. Como fazer com que o próprio aluno aprenda a aprender? Como ajudar o aluno a se tornar um aprendiz autônomo, mais responsável pela sua própria aprendizagem? Perguntas como essas são algumas das que têm sido levantadas ao longo das últimas décadas no meio acadêmico. Por isso a importância de propiciar estratégias e recursos para que o aluno saiba como se ajudar ao longo do processo de aprendizagem.

Em atenção a essa realidade, sob a coordenação da Profª. Ms. Giêdra Ferreira da Cruz – e com a colaboração dos demais docentes da Área – a partir de 2003, buscou-se a ampliação da idéia original de “Laboratório de Línguas Estrangeiras” – implantado no ano de 2002, no Módulo de Laboratórios Profª. Amélia Barreto da UESB – para a idéia de Centro de Aprendizagem Autônoma de Línguas Estrangeiras (CAALE), destacando-se entre seus objetivos:

• contribuir para o aprimoramento das habilidades lingüísticas dos discentes de língua estrangeira (Inglês: listening comprehension, speaking, reading, writing e Espanhol: comprensión auditiva, expresión oral, lectura, escritura);
• propiciar aos alunos de LE a ampliação do conhecimento literário e cultural da língua-alvo;
• encorajar o desenvolvimento da autonomia dos alunos na aprendizagem da LE;
• propiciar estratégias e recursos aos discentes para que eles saibam como se ajudar ao longo do processo de aprendizagem da língua estrangeira;
• oferecer aos alunos a oportunidade de praticar e estudar a LE, fora da classe e em horário flexível;
• servir como centro de imersão na língua-alvo;
• contribuir para o incremento das atividades de pesquisa e extensão dos professores da Área de Línguas Estrangeiras e Literaturas;
• otimizar a qualidade do ensino dos professores da Área.

Assim, como diferencial, o espaço outrora idealizado como “laboratório”, agora, enquanto CAALE, passa a ser um espaço que permite aos discentes de língua estrangeira adquirir responsabilidade por seu próprio aprendizado visando o aprimoramento da língua-alvo. É um espaço que tem como filosofia ajudar os aprendizes a se desenvolverem por si mesmos – aprendiz autônomo entendido como aquele que reflete criticamente sobre o próprio processo de aprendizagem, que traça objetivos, de acordo com suas reais necessidades, e assume a tarefa de decidir o que, como e quando estudar para alcançar os resultados desejados (LITTLE, 1996). Contudo, para que o aluno se torne um aprendiz autônomo, como idealizado por Little, faz-se necessário que tenha a ajuda de um professor para auxiliá-lo na tentativa de desenvolver a sua autonomia.

Por isso, a importância do papel desempenhado por professores – e também funcionários habilitados –, os quais podem ajudar o aluno a se tornar consciente da sua capacidade para ser autônomo. Assim sendo, o professor pode facilitar a aprendizagem ao observar, em seu aluno, aspectos lingüísticos que precisam ser melhorados: 1) ajudá-lo a identificar suas necessidades; 2) encorajá-lo a se desenvolver na língua-alvo usando uma bibliografia específica; 3) incentivá-lo a utilizar os recursos do CAALE; 4) ajudá-lo a planejar suas atividades para que consiga ver o resultado dos seus esforços.

Enfatiza-se que, apesar do nome “Centro de Aprendizagem Autônoma”, o Centro por si só não tem a capacidade de tornar o aluno autônomo. Na verdade, a ênfase não deve ser dada somente ao local e aos aspectos lingüísticos, mas às crenças e às atitudes dos professores e alunos, que estarão atuando dentro desse espaço. É preciso, então, que o aprendiz reformule crenças sobre o seu papel enquanto aprendiz de LE para que consiga desenvolver autonomia.

Desse modo, o Centro de Aprendizagem Autônoma de Línguas Estrangeiras propicia ao aluno de língua estrangeira:

• refletir criticamente sobre suas práticas enquanto aprendiz;
• perceber a importância do seu papel no processo de aprendizagem de uma língua estrangeira;
• estudar no seu próprio ritmo;
• elaborar horários que melhor se adequem aos seus estudos;
• utilizar materiais complementares;
• fazer uso de recursos que atendem à sua necessidade individual.

Finalmente, sabendo-se que não é tarefa simples ajudar o aluno a se tornar autônomo, espera-se que o Centro de Aprendizagem Autônoma de Línguas Estrangeiras – veiculado ao Departamento de Estudos Lingüísticos e Literários da UESB – contribua na academia, não como um fim em si mesmo, mas como mais um importante e viável instrumento de auxílio ao alcance da autonomia do aprendiz na aprendizagem da língua-alvo.

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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia