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Extensão aproxima a comunidade através do potencial formativo da arte

Extensão

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Dialogar com e a partir da arte para promover a formação educacional e a cidadania cultural. É por meio dessa interlocução que diversas ações e projetos de extensão possibilitam a criação de espaços de vivências que aproximam a Uesb da comunidade. Com isso, a Instituição contribui para o incentivo de atividades em que o saber e o fazer artístico ganham destaque a partir da dimensão formativa, crítica e política que elas abarcam.

A Uesb contribui para o incentivo de atividades em que o saber e o fazer artístico ganham destaque a partir da dimensão formativa, crítica e política.

Para a professora Mainara Frota, do Departamento de Ciências Humanas e Letras (DCHL), não há como dissociar o teatro, por exemplo, da educação. E foi justamente a sua percepção acerca do baixo estímulo dado a essa arte nas escolas rurais do município de Jequié que a fez desenvolver o projeto de extensão “Artecidadão: fomentando as expressões artísticas no campo”. A ação buscou contribuir para a garantia do processo de democratização do ensino e da arte sob uma perspectiva cidadã, através da realização de oficinas de teatro do oprimido com estudantes da Escola Municipal Corina Leal, localizada no Povoado Fazenda Velha.

De acordo com a docente, pensar a prática artística e educacional como proposta central do projeto gerou a discussão de temas importantes para o processo de formação dos alunos. “Questões que estiveram no centro das oficinas, tais como ‘O que você entende por opressão? Quem é o opressor? Quem é o oprimido? Já passou por situações cotidianas em que se sentiu oprimido?’, resultaram em montagens de cenas que mostraram as vivências de opressão que eles sofreram em casa, na escola, na igreja, na rua, enfim, em todos os espaços sociais que estavam inseridos”, conta.

Robson Santos, estudante do sétimo semestre do curso de Teatro, atuou como bolsista no Artecidadão e diz que a experiência o fez perceber a importância da realidade fora da sala de aula para o desenvolvimento escolar dos alunos. “O objetivo da nossa intervenção era não apenas levar arte à escola, mas também estimular a consciência crítica e criar um espaço aberto ao diálogo com os estudantes envolvidos. Para tais conquistas, não tenho dúvida que o teatro teve um papel fundamental, transformando o espaço da sala de aula em um ambiente de prática artístico-pedagógica que contribuiu para o desenvolvimento da expressão, comunicação e reflexão dos alunos”, comenta.

Cinema como fonte de conhecimento que desperta novos olhares

O potencial pedagógico da arte é também o principal aspecto que move a existência do Programa Janela Indiscreta, em Vitória da Conquista. Nascido a partir do interesse pela prática cineclubista, há mais de 25 anos, o projeto se apropria do cinema como um meio capaz de proporcionar a formação integral humana, a partir da discussão de elementos sociais, culturais e históricos relacionados às mais diversas obras da sétima arte.

No Programa, a relação entre o cinema e a educação é trabalhada desde a infância, alcançando diferentes públicos na região Sudoeste da Bahia. “Hoje, nós temos um interesse em trabalhar com os públicos infantil e juvenil justamente porque acreditamos nessa possibilidade maior de abertura deles para essa arte. Nós temos projetos, por exemplo, que fazem essa vinculação direta, como o ‘O que se aprende com o Cinema: saberes e fazeres na relação cinema-educação’, que abarca várias ações, como por exemplo, a Mostrinha de Cinema Infantil, que é voltada para o público das escolas municipais”, destaca a coordenadora do Programa, a servidora Raquel Costa.

Ao longo do tempo, o Janela foi ampliando as suas ações, mantendo algumas delas com o formato inicial de exibição, seguido de debate e reflexão sobre algum filme, típico dos cineclubes, e implementando outras voltadas para a formação de público e formação cultural para e pelo cinema. “Pelo próprio conhecimento, experiência e gosto que os seus fundadores tinham pela sétima arte, o Janela atravessou a sua trajetória compreendendo o cinema em sua multimodalidade. E uma de suas facetas é justamente a possibilidade que ele tem de ser um elemento educativo na vida das pessoas”, complementa a coordenadora.

Euclides Mendes, pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade, começou a participar das sessões do Janela em 1998, imediatamente após ingressar no curso de Comunicação Social. Ele conta que durante toda a graduação frequentava assiduamente as exibições e demais atividades promovidas pelo Programa, responsável por fazê-lo se apaixonar pelo cinema. Desde que iniciou o percurso acadêmico, já foi bolsista de extensão, prestador de serviço e, atualmente, é colaborador voluntário do Janela. “O percurso que eu iniciei aqui me levou, mais adiante, a fazer o doutorado em Multimeios, estudando especificamente o Cinema. E hoje, o meu projeto de pós-doutorado é sobre o cinema na Bahia. Eu precisei ter uma visão um pouco de fora para me voltar para dentro. E o cinema é um instrumento muito potente para a gente pensar”, afirma.

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