Especialização: um caminho de qualificação profissional para ser referência no mercado
Pós-Graduação
O mundo contemporâneo e suas relações de trabalho exigem que cada vez mais o profissional tenha um profundo conhecimento sobre uma determinada área. Onde, antes, as atividades eram distribuídas em multitarefas, agora, em detrimento de um processo produtivo que garanta a permanência no mercado, entender cada vez mais sobre um único assunto contribui com essa dinâmica da produção.
Na área do conhecimento isso não é diferente, por isso, especializar-se, via Latu Sensu ou Stricu Sensu, se fortalece cada vez mais. Na Uesb, as Especializações surgiram em 1994, por meio da Resolução 55/1994 e os projetos para os cursos são criados pelos Departamentos, a partir de uma demanda do mercado. A Universidade já ofereceu dezenas de Especializações em diversas áreas do conhecimento e, atualmente, a nota desse tipo de Pós-graduação é 4, nos parâmetros do Índice Geral de Cursos (IGC).
De acordo com a Gerente de Pós-graduação, Tamara Marinho, haverá atualização da Resolução 05/99. Com isso, mudanças quanto à modalidade de oferta dos cursos, regime didático e avaliação, bem como aumento dos recursos disponibilizados para financiar o funcionamento dos cursos serão realizadas, trazendo expectativas de ampliação. “A conclusão de um curso dessa natureza traz benefícios para o desenvolvimento na carreira profissional e funciona também como mais uma formação-base que favorece o posterior ingresso em um curso de Mestrado, caso o aluno tenha essa pretensão”, pontuou Marinho.
Especializar é ter um profundo conhecimento sobre uma determinada área.
Esses benefícios podem ser vistos na história de Susana Soares, que concluiu Letras na Uesb em 1995, especializou em Linguística Aplicada ao Ensino de Português, em 2006 e, posteriormente, realizou o mestrado na mesma área, em 2014. Soares relata que, além do ganho econômico na carreira, contribuiu também com a continuidade dos estudos no Mestrado.
Para a professora, a própria comunidade foi beneficiada por meio da aplicação do conhecimento adquirido. Com uma pesquisa voltada em análises textuais, a partir dos conceitos da Análise de Discurso, Soares explica que “refletir a língua a partir dessa perspectiva, contribui bastante para melhor entender os textos que circulam em nossa sociedade e para entender que a linguagem não é neutra e não serve apenas para informar”.
Fatores externos que influenciam – Questões políticas também interferem no surgimento de demandas de mercado para o surgimento de um curso de Latu Sensu, como é o caso da Especialização em Saúde Coletiva. Criada em 2009, o curso traz consigo um foco voltado na atenção primária da saúde, ou seja, dando ênfase na prevenção da doença e promoção da saúde, a partir do contexto da criação do modelo da Vigilância Sanitária.
Especialização em Saúde Coletiva contribui com políticas públicas para o SUS.
Esse modelo surge a partir da Reforma Sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com Fábio Carvalho, coordenador do curso, com as alterações sofridas na Reforma, observou-se, na época, um déficit de profissionais com capacidades e habilidades técnicas e administrativas para atuarem nos três níveis de atenção de modo a contribuírem com o processo de fortalecimento e consolidação do SUS.
Com um caráter interdisciplinar, o curso está em sua 5ª turma, tendo formado 100 alunos. O coordenador destaca os ganhos dessa Especialização frente ao mercado de trabalho. “O curso tem proporcionado aos seus egressos a aprovação em concursos públicos, em residências e em Programas de Pós-graduação Stricto Sensu, tornando-se um anseio a ampliação nas aprovações de nossos egressos”, pontuou Carvalho.
Ingresso – Para quem deseja realizar um curso de Pós-graduação, com nível de Especialização, é necessário acompanhar os Editais. Além disso, a forma de ingresso varia de um curso para outro, podendo ser realizado por meio de provas, entrevistas, análise de currículos, entre outros.