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Pioneirismo: UESB implanta disciplina Espiritualidade e Saúde

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Historicamente, a formação em saúde era focada para o cuidado técnico, pois considerava o ser humano apenas como um corpo físico. Nas últimas décadas, no entanto, este olhar tem-se ampliado e diversos estudos científicos têm demonstrado a influência da espiritualidade em tratamentos de saúde.

Vários artigos e trabalhos de conclusão de cursos de graduação e pós-graduação, tanto nas universidades brasileiras quanto em instituições estrangeiras, vêm tratando do tema. Diante disso, há alguns anos, tem aumentado a discussão sobre a importância da inclusão da disciplina Espiritualidade e Saúde nos cursos de graduação da área de Saúde. No Brasil, a primeira instituição a implantar a disciplina foi a Universidade de Taubaté, em seu curso de Medicina. Na Bahia, a Uesb é a pioneira. A Universidade passou a oferecer a disciplina no semestre letivo 2018.1.

“Nos Estados Unidos, 90% das escolas médicas oferecem a disciplina. No Brasil, apenas 10% aborda esta formação. Já a Uesb é a primeira universidade da Bahia a implantar esta disciplina nos cursos de Saúde”, ressalta a professora Agnes Claudine La Longuiniere, vinculada ao Departamento de Saúde 2 (DS 2) e responsável pela implantação da disciplina na Universidade.

Com o objetivo de desenvolver habilidades para o cuidado integral ao paciente, levando em consideração sua dimensão espiritual, a UESB implantou a disciplina Espiritualidade e Saúde, no campus de Jequié.

A disciplina Espiritualidade e Saúde, inicialmente, é optativa e está sendo ofertada no campus de Jequié. Segundo a coordenadora, o objetivo é desenvolver habilidades para o cuidado integral ao paciente, levando em consideração sua dimensão espiritual, além de discutir estratégias de inclusão da espiritualidade no seu plano terapêutico.

O coordenador do Núcleo de Pesquisas em Bioética e Espiritualidade (Nube), professor Sergio Yarid, explica que “a espiritualidade tem sido relacionada à melhoria da qualidade de vida, bem-estar físico e mental, além de contribuir para o enfrentamento de doenças. Esses benefícios comprovados nas pesquisas não são apenas para pacientes, mas para seus familiares e também profissionais de saúde”.

O médico Edson Carlos Sampaio Silva, professor e coordenador do Colegiado de Medicina do campus de Jequié, reforça a necessidade da disciplina. “Apesar da importância da espiritualidade para a saúde ter sua comprovação científica, pesquisas apontam que a maioria dos profissionais de saúde não se sente preparados para incluir a dimensão espiritual do paciente no seu plano terapêutico. Eles apontam que a formação profissional não oferece informações suficientes sobre o tema para o desenvolvimento desta competência”, pondera o professor.

Ao término da disciplina Espiritualidade e Saúde, os discentes deverão estar habilitados em distinguir o que é espiritualidade e religião e compreender, baseado em dados históricos e científicos, o papel que a espiritualidade exerce no processo da doença, do tratamento, da evolução, da cura e do prognóstico. “A espiritualidade tem uma visão holística do ser humano, pois servirá para auxiliar no tratamento das patologias. A intenção é melhorar e estabilizar as energias corporais, e isso contribui na motivação, autoestima e no bem-estar dos pacientes”, comenta Eduardo Andrade Pedrosa, aluno do segundo ano de Medicina.

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