Núcleo de Extensão e Desenvolvimento Territorial da Uesb
Extensão
Contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas com o intuito de fortalecer as comunidades que, historicamente, não tinham espaço. Essa é a principal proposta do Núcleo de Extensão e Desenvolvimento Territorial (Nedet), que surgiu em 2015, a partir de uma política do extinto Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em conjunto com Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).
A iniciativa buscava criar uma nova política de planejamento e desenvolvimento territorial no Brasil. Na oportunidade, professores dos Departamento de Geografia (DG) e de Fitotecnia e Zootecnia (DFZ) da Uesb, em parceria com alunos de Geografia, Engenharia Florestal e Agronomia, tiveram a proposta aceita, tornando o Núcleo ativo na Universidade.
As ações do Nedet são executadas nos municípios de Anagé, Aracatu, Barra do Choça, Belo Campo, Bom Jesus da Serra, Caetanos, Cândido Sales, Caraíbas, Condeúba, Cordeiros, Encruzilhada, Guajeru, Jacaraci, Licínio de Almeida, Maetinga, Mirante, Mortugaba, Piripá, Planalto, Poções, Presidente Jânio Quadros, Ribeirão do Largo, Tremedal e Vitória da Conquista.
A professora Fernanda Viana de Alcântara, coordenadora Pedagógica do Núcleo, afirma que “o Nedet consiste em ter um grupo de professores e alunos de universidades que se proponham a acompanhar e assessorar os territórios rurais ou territórios da cidadania”. Segundo a docente, atualmente, a Uesb é uma das poucas universidades do país que tem o Nedet ativo.
Allisianne Krystina Saraiva de Figueiredo, coordenadora Institucional do Nedet, destaca que o Núcleo atua diretamente com as entidades representantes do poder público e da sociedade dos 24 municípios integrantes do Território Sudoeste Baiano. Assim, busca consolidar “a rede de diálogos existente e promover a participação dos integrantes e a construção coletiva acerca do desenvolvimento do Território”.
Nesse formato, o Núcleo vem tendo grande atuação no Território. Ao longo desses quase quatro anos, o Nedet já contribuiu para elaboração do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, além do Plano de Ações Territoriais, ambos de grande importância para o planejamento e a gestão de políticas públicas, demonstrando sua importância para além dos muros e interesses universitários.
Atuação do Nedet
O Núcleo desenvolve suas atividades por meio de eixos temáticos: Mulher, Juventude, Gestão Social, Agricultura, Produção e Cultura. Entre elas, a assessoria que vem ganhando grande espaço é a da Juventude. Diversas atividades realizadas com jovens de áreas rurais tiveram grande êxito.
Por meio da interação e do diálogo com as comunidades e segmentos do Território Sudoeste Baiano, o Nedet garante espaços de voz e protagonismo dos diversos atores sociais.
A promoção de um livreto com informações sobre as cidades para os moradores, feito por alunos dos municípios, para possibilitar o conhecimento sobre as cidades, antes de difícil acesso, foi uma das ações desenvolvidas junto aos jovens. Outro ponto trabalhado busca fazer com que esse público reconheça seus direitos, como o ID jovem, que permite o acesso de meia-entrada a eventos culturais, artísticos e, também, ao transporte interestadual.
Outra ação importante do Nedet está relacionada à produção, que tem seu foco em agricultores e suas necessidades de acesso a programas de incentivo à Agricultura Familiar. Ainda segundo a professora Fernanda de Alcântara, outras atividades sociais são realizadas pela assessoria da mulher, com discussões sobre empoderamento feminino. Os debates apresentam propostas que podem ser utilizadas pelos municípios inclusos no Núcleo, como melhoria nos campos da saúde, trabalho, educação, lazer e família para as mulheres.
Alisson Pires, agente de Desenvolvimento Territorial do Sudoeste da Bahia, da Secretaria do Estado do Planejamento, acompanha as ações do Nedet. Segundo ele, a atuação é de grande relevância, principalmente porque desenvolve atividades voltadas às comunidades rurais. “O Nedet da Uesb é de grande valor, uma vez que é um dos poucos núcleos existentes no país, tendo a capacidade de não só ajudar estudantes mas, principalmente, as comunidades assistidas”, destaca.