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A formação médica na região Sudoeste

Graduação

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Primeiro da região Sudoeste, o curso de Medicina da Uesb, campus de Vitória da Conquista, foi implantado em 2004. Cinco anos depois, 2009, foi a vez do campus de Jequié receber a graduação. Como acontece em todo curso, os desafios são grandes, principalmente nos anos iniciais, e requer o empenho de todos os envolvidos para se alcançar os objetivos de maneira satisfatória.

Informações básicas

Criação: 2004 / 2009
Modalidade: Bacharelado
Campus: Vitória da Conquista e Jequié
Duração mínima: 12 semestres

“Temos conseguido ao longo desses 10 anos superar algumas necessidades que são inerentes a todo e qualquer curso novo, principalmente no Nordeste, mas as dificuldades têm sido vencidas”, afirmou a coordenadora do Colegiado de Medicina de Vitória da Conquista, professora Maria Esther Ventin. Ao avaliar o contexto do curso no campus de Jequié atualmente, o coordenador do Colegiado, professor Tasso Carvalho Barberino de Souza, também falou de superação. “A nossa avaliação é de um curso que inicialmente passou por muita dificuldade, teve reformulação, mas hoje tem apresentado bons resultados. Nossos alunos do internato do quinto ano, que tem feito o rodízio optativo do internato em serviços de Salvador, como no Irmã Dulce, o Santa Isabel, têm retornado com a avaliação dos professores de excelente desempenho”, destacou Souza. De acordo com o docente, a graduação passará por mais ajustes a fim de adequá-la ainda mais à realidade da região. “Vamos trabalhar agora, na formação da primeira turma, pra conseguirmos tanto o reconhecimento do curso quanto essa reformulação”, acrescentou.

Ex-coordenadora do Colegiado em Jequié, a professora Cristina Maria Bitencourt, comenta sobre a formação desses profissionais. “Compreende-se que a Medicina tem como objeto de estudo o ser humano, no seu aspecto biológico e psicossocial, não se pode, portanto, aceitar uma visão segmentada deste ser, nem do processo de construção do saber médico”. Ainda segundo Bitencourt, a área enfrenta dificuldades de investimentos em todo o Brasil, exigindo mais dos atores envolvidos. “É uma formação acadêmica que exige um constante diálogo entre os gestores, nos diversos segmentos, tanto na esfera pública quanto privada, principalmente entre aqueles responsáveis pelas unidades de saúde que atendem ao SUS. Nossa maior expectativa está em conseguir formar profissionais competentes do ponto de vista científico, críticos, éticos e comprometidos com a saúde da população”, afirmou.

Enade

Apesar de ainda muito jovem, o curso em Conquista já se destaca com bons resultados, como os do Exame Nacional de Desempenho (Enade), do Ministério da Educação (MEC). Em 2010, a graduação obteve conceito 4, e em 2013 (divulgado pelo MEC no fim de 2014) alcançou avaliação 5, a nota máxima. Esse último resultado deu à Uesb a melhor posição da área no Nordeste, ao lado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O exame é aplicado anualmente, mas os cursos passam por um rodízio de avaliação a cada três anos. Por ainda não ter turma formada, o curso de Jequié não aparece nessa análise do Ministério.

Com conceito 5 no Enade, o curso de Medicina da Uesb está entre os melhores do país.

“Existe uma compreensão do corpo docente de que faremos sempre o melhor, mas isso não bastaria se não encontrássemos a receptividade no estudante. O estudante compreende que o seu papel na comunidade vai ser respeitado se ele for um bom profissional, e o bom profissional passa pela competência, e a competência está no conhecimento, a maneira de incorporar esse conhecimento e aplicá-lo em prol do benefício do outro”, ressaltou Ventin. Sobre o que ela destacaria ao longo dessa primeira década do curso, a coordenadora enfatizou o emprenho de todos: “o corpo docente, os funcionários, os alunos; a Instituição, o Departamento, nunca faltaram ao curso no sentido de atender as suas necessidades, esse é o resultado de um trabalho conjunto”.

A metodologia aplicada ao curso em Vitória da Conquista, que foca na visão global dos problemas de saúde, não trata apenas a doença, mas o doente, aquele indivíduo que pertence a um meio no qual sofre as influências sociais, econômicas e culturais do ambiente onde ele vive e do trabalho que executa. É uma visão da doença como um elemento que se manifesta também dentro dessas circunstâncias, que segundo as diretrizes do curso, é pesada nas opções de terapia e de condutas que se adotam para cada caso.

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