Mestrado Profissional em Letras qualifica professores de Língua Portuguesa
Pós-Graduação
Ofertar ensino de qualidade é uma das premissas básicas de uma universidade. No entanto, sua função vai além. Também cabe às instituições de Ensino Superior contribuir para que o aprendizado aconteça de forma efetiva desde a Educação Básica.
Diante dessa preocupação, há mais de cinco anos, a Uesb, campus de Vitória da Conquista, conta com o Programa de Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras), voltado para qualificar professores de Língua Portuguesa que atuam no Ensino Fundamental da Rede Pública de Ensino. Nesse sentido, o curso tem como objetivo ofertar formação continuada, zelando pelo aperfeiçoamento do nível da Educação Básica, ou seja, busca aumentar a qualidade do ensino que é oferecido aos alunos de escolas públicas.
Voltado para qualificar professores de Língua Portuguesa que atuam no Ensino Fundamental, o Mestrado Profissional em Letras busca contribuir para a melhoria do ensino em escolas públicas.
Segundo a coordenadora do Programa na Uesb, professora Valéria Viana, vinculada ao Departamento de Estudos Linguísticos e Literários (Dell), o curso permite aos mestrandos uma reflexão sobre temas voltados ao desenvolvimento de pedagogias que efetivem a proficiência em letramentos, em uma perspectiva epilinguística. Isso significa que o Mestrado possibilita reflexões sobre a língua em contexto de uso, isto é, em situações reais. “Durante dois anos, os mestrandos discutem, por meio das disciplinas, conteúdos da Língua Portuguesa, que vão desde a leitura, produção de texto e oralidade a fenômenos gramaticais, voltados ao ensino e à sua prática em sala de aula”, explica a coordenadora.
O ProfLetras conta com a área de concentração “Linguagens e letramentos”, que está vinculada às linhas de pesquisa “Teorias da linguagem e ensino” e “Leitura e produção textual: diversidade social e práticas docentes”. Alfabetização, letramento, fonética, folonogia, gramática, texto e literatura são algumas das temáticas abordadas nas disciplinas do Mestrado. “Com esses conteúdos, os professores são levados à pesquisa sobre a realidade em sala de aula e passam a compreender, de uma forma mais adequada e menos intuitiva, os fenômenos linguísticos presentes em seu espaço escolar, relacionando-os a aportes teóricos”, completa Viana.
Mestrado em Rede
O Mestrado Profissional em Letras existe em nível nacional, com sede na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Além da Uesb, o Profletras está presente em outras 41 instituições de ensino superior, espalhadas por todo o país. O Programa conta ainda com o apoio da Universidade Aberta do Brasil, que possibilita o intercâmbio entre as diversas universidades.
O ingresso no curso se dá por meio do Exame Nacional de Acesso, que se constitui de prova com questões objetivas e discursivas e que atenda aos requisitos previstos em edital.
Daniela Azevedo Mangabeira fez parte da primeira turma do ProfLetras na Uesb, em 2013. Segundo a egressa, a escolha pelo Programa foi resultado da sua busca por um mestrado que pudesse auxiliá-la nas dúvidas e questões relacionadas às práticas pedagógicas. “O Mestrado Profissional em Letras apresenta ao estudante, já profissional da educação, uma possibilidade de complementação, bem como ampliação de conhecimentos que são muito peculiares ao fazer pedagógico”, ressalta a mestre.
Nesse sentido, Daniela destaca a matriz curricular do Programa, que é projetada e direcionada para a prática pedagógica, proporcionando estudos que buscam responder indagações sobre os processos de ensino e aprendizagem, principalmente, ao que se refere à linguagem. Assim, os docentes são preparados para responder aos desafios educacionais contemporâneos, a partir de “princípios fundamentais da construção de uma educação linguística que vise as práticas sociais mediadas pela linguagem”.
Dessa forma, a egressa considera o ProfLetras um curso de fundamental importância para a sua formação. “Não só eu como meus colegas de turma sempre abraçamos essa oportunidade como um mecanismo que nos possibilitou descobrir novas estradas para a prática docente, nos impulsionou a realizar projetos que outrora permaneciam no campo das ideias e, com isso, nos apresentou novas perspectivas no percurso da docência na Educação Básica”, afirma.