Mestrado em Ciências Ambientais: atuação direta com a comunidade
Pós-Graduação
A qualificação do corpo docente, associado a investimentos em infraestrutura, tem permitido a Uesb alcançar, junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a recomendação necessária para a implantação de Programas de Pós-Graduação stricto sensu em seus três campi. No campus Juvino Oliveira, em Itapetinga, uma das opções para quem deseja dar prosseguimento à vida acadêmica é o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), que oferta o curso de Mestrado com concentração em Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Interagindo com a sociedade, o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais busca elucidar questões relacionadas ao meio ambiente.
Aprovado pela Capes em 2010, o Programa deu início às suas atividades, efetivamente, no ano de 2011 com a introdução da primeira turma. Desde então, regularmente, todos os anos, oferece em torno de 20 vagas. O PPGCA busca elucidar questões relacionadas ao meio ambiente, visando o aumento da qualidade ambiental para a sociedade. Para tal, conta com três linhas de pesquisa: Tecnologias para Soluções de Problemas Socioambientais; Caracterização e Conservação dos Recursos Naturais e da Biodiversidade; e Sustentabilidade Socioambiental e Educacional. Carlos Bernard, coordenador do Mestrado, esclarece que todas as linhas de pesquisa, “de alguma forma, visam interagir com a sociedade, algumas delas para implementar tecnologias, outras para a caracterização da biodiversidade e outras para ter uma ação mais efetiva nas questões educacionais”.
Nesse sentido, o Programa participa de forma ativa da comunidade itapetinguense. Um exemplo específico e recente da atuação do PPGCA no contexto regional foi a implantação do Comitê Gestor da Bacia do Rio Catolé Grande, em 2013, desencadeado pela iniciativa da sociedade civil organizada e com participação efetiva do Programa. “O Mestrado contribuiu diretamente para estabelecimento de um comitê gestor em uma das principais bacias hidrográficas da nossa região”, ressalta Bernard.
O Programa também repercute em outras questões locais como, por exemplo, discussões associadas à pastagem, às ciências ambientais no ensino fundamental em Itapetinga, entre outras deliberações. Nesses diferentes pontos, professores e alunos, por meio de suas pesquisas, têm participado de forma influente, colaborando com o desenvolvimento socioambiental sustentável da região.
A multidisciplinaridade do Mestrado em Ciências Ambientais
Outro aspecto relevante do Programa é a multidisciplinaridade, que permite que profissionais formados em várias áreas sejam estimulados a desenvolver pesquisas nos diferentes ramos do saber que compõem direta e indiretamente as Ciências Ambientais. Nesse sentido, Nátilla Deyse Souza Costa, concluinte do Mestrado, que pesquisa a caracterização de espécies do maracujá, destaca a ampla formação que o Programa dispõe aos discentes. “O Mestrado é multidisciplinar, então, não ficamos presos a uma só matéria ou uma disciplina especifica, nós temos contato com várias outras áreas. Eu trabalho com genética, mas tenho outros colegas que trabalham com fermentação, química, plantas. Além disso, há alunos graduados em várias áreas diferentes, como Administração, Engenharia Ambiental, Geografia. Ou seja, essa multidisciplinaridade contribui para ampliarmos o nosso conhecimento”, salienta Costa.
Larissa Neres Barbosa de Souza, que também é aluna do Programa, concorda ao ressaltar os benefícios do mestrado multidisciplinar. “Geralmente, a pós-graduação vai afunilar sua área de atuação, mas o mestrado quando é multidisciplinar amplia o seu conhecimento, porque temos acessos a muitas informações”, pontua Souza.
Melquesedeck Saturnino Cabral Oliveira, egresso do Programa, atualmente, é professor da Uesb no campus Juvino Oliveira. Ele destaca a formação completa que o Mestrado proporciona aos discentes, que saem do curso preparados para darem seguimento à carreira acadêmica, atuarem em empresas ou instituições de ensino. “É interessante pontuarmos que nós temos um curso de Engenharia Ambiental bem estruturado e uma pós-graduação que também é bem estruturada, inclusive, com oportunidade de trabalhar no próprio Programa com outros profissionais de áreas distintas. Essa forma que o Mestrado é desenvolvido aqui na Instituição soma bastante para nossa formação”, afirma Oliveira.